Voo MST 1 aterrou no destino.
Faz hoje dois anos que a minha vida mudou... para o que é hoje! Até à data, trabalhava numa vila a 400 Km da minha terra natal e, desde esse dia, essa distância encurtou para apenas 5 Km! Podia-se dizer que foi um bom voo, digno de um verdadeiro "mosquito sem travões"! Mas, na verdade, teve tanto de bom como de mau!
Voltar à terra natal significou perder as asas para os voos mais altos! Significou perder a independência e a liberdade de arriscar em voos desconhecidos e, até mesmo, perder oportunidades de voar!
Por outro lado, significou estar mais perto da família e voltar a ter vida social! Passei a poder marcar mais reuniões familiares e cafés com amigos! Passei a ser mais dos outros e menos de mim.
Voltar à terra natal significou morar, de novo, em casa dos pais. A vida independente a que me tinha habituado em sete anos, depois de cinco a estudar, na faculdade, e, dois a trabalhar, longe de casa, terminou nesse dia.
Desde aí, percebi o que é ser uma verdadeira "inquilina"! Passei a ter que dizer a que horas chegava, a que horas saía, o porquê de não estar em determinado dia, o que me apetecia comer ao jantar, o que tencionava fazer no fim de semana, etc.... Tudo o que eu já não estava habituada a ter que dizer ou contar aos meus "senhorios", tive que voltar a dizer e a contar!
Podia enumerar mil e uma coisas que mudaram na minha vida! Todavia, acho que consigo resumir numa palavra: "mudei".
Ah, é verdade! Voltei a ter horários para jantar..!
Passaram dois anos e, neste momento, gostaria de poder dizer que sentia uma enorme felicidade por aquele dia ter acontecido. Bem... Posso dizer que há alguns dias que me sinto feliz.
Prometi que 2016 seria um ano de mudança. Janeiro passou e nada mudou. Preciso de asas para um voo mais alto. Sou um "mosquito sem travões", mas agora, estou parado.
MST